A safra gaúcha de uva este ano deve ter uma quebra de 20%, segundo projeção do Ibravin. "A metade das perdas é em consequência do granizo que atingiu os parreirais no Estado, responsável por 90% da elaboração brasileira de vinhos e 55% da produção de uvas. A outra metade é por conta da estiagem", afirma o presidente do Conselho, Alceu Dalle Molle. Assim, a colheita este ano deve alcançar entre 560 a 600 milhões de quilos de uva. Na safra passada, o RS colheu a maior da sua história, com 707,2 milhões de quilos. Em 2010, foram 526,8 milhões de quilos. Mesmo com prejuízo em volume, a safra de 2012 deve ser a terceira maior da história do RS, só perdendo para a de 2011 e 2008, com 634 milhões de quilos. "A perda é irreversível. Os grãos já estão formados agora, só irão amadurecer", sali! enta o diretor-executivo, Carlos Raimundo Paviani. Mas, em qualidade, a safra deste ano sofreu a ocorrência do fenômeno La Niña, que trouxe em clima mais seco, com menos incidência de chuvas. "A menor quantidade será compensada, se o clima continuar favorável, por uma excelente qualidade da matéria-prima", diz Paviani. Segundo ele, se as videiras gaúchas não tivessem sofrido com o granizo e a seca, esta seria a maior safra já colhida no Estado. "Era para ser uma safra cheia, superior a 750 milhões de quilos", lamenta.
